S.F. Sorrow is Born cantam os Pretty Things, em 1968. Para muitos, o melhor disco da banda avant-garde inglesa, originária de Kent, cujos membros, Phil May e Dick Taylor, chegaram a fazer parte de anteriores encarnações dos Rolling Stones.
Formados em 1963, a banda, tal como muitas outras da altura, começou por tocar rhythm & blues, mais tarde denominado de British Invasion. No entanto, um longo caminho foi dado entre o seu homónimo primeiro disco The Pretty Things, de 1965 e S.F. Sorrow. Se no primeiro disco, o produtor saiu a meio da gravação do álbum, tornando-se quase um milagre ter sido editado, em apenas três anos a banda deu uma reviravolta em todos os aspectos. Evoluiu do popular R’n’B para um rock avant-garde que, em vários aspectos, consegue ser bastante superior ao de Sgt Pepper’s e The Piper of the Gates of Dawn. Músicas como “Death”, “Baron Saturday” ou o medley de “The Journey/I See You/Well of Destiny” têm elementos bastante inovadores e originais para a época, conseguindo passar a barreira do tempo e perdurar até aos dias de hoje como novidade.
É, sem dúvida, um dos melhores discos da década de 60, de uma banda, também ela, algo perdida nos meandros do tempo.