Depois do megassucesso de W H O K I L L, Garbus parece ter percebido qual a fórmula vencedora dos tUnE-yArDs. O estilo está la, o bizarro, o desafio, a normalidade, a particularidade, a descoberta.
Nikki Nack não é tão arrojado como W H O K I L L, mas tem todos os seus ingredientes, e, como já vimos, a combinação funciona.
Garbus continua a aproveita a mais particular das vozes para explorar territórios de uma afamada depressão pop. Com tudo a que temos direito.
Ao contrário do que se poderia pensar, Garbus e os seus tUnE-yArDs ficaram mais maduros ao terceiro álbum. Trouxeram objectividade ao estilo naïve e adolescente dos precedentes de Nikki Nack.
Músicas como «Real Thing», na minha opinião o melhor tema do álbum, «Stop That Man» ou «Left Behind» deixam um claro sabor a genialidade.
Os tUnE-yArDs são sem dúvida uma banda a manter em vista. Os seus álbuns são para estarem todos na nossa prateleira, e agora é só esperar que o quarto álbum não demore outros três anos. Ou, bem pensando, se for para seguir a brilhante simplicidade de Nikki Nack, que demore o que for preciso.
«You want the truth in tomes / Dig this dirt and sift out the bones / They said I’m the real thing.»
E és mesmo, Garbus.