Não foi perfeito. Nunca há-de ser perfeito. Já pensámos que o fim tinha chegado. Não havia volta a dar. Vimos as costas a afastarem-se e pensámos que nunca mais veríamos a cara um do outro. Mas dentro da nossa cabeça uma voz gritava “Volta, volta, volta para mim”!
Expomos a nossa alma: “O que é que te posso dar mais?”; “O que é que posso dar mais para fazer isto crescer?”; “Não me vires as costas”.
Surgem então aquelas palavras impressas no nosso cérebro, palavras que cantámos naquela noite perfeita de Setembro: “Everything I’ve done, I’ve done for you/ Oh, I would give my life for you./ Every move I made I move to you/ And I came like a magnet for you”.
Mil e uma memórias: o Tolstoi passeou-se na Gulbenkian, o Gabriel García Marquez apaixonou-se em Lisboa, Pablo Neruda inspirou-se no pôr do Sol de S. Martinho, os Rolling Stones viram o seu mundo ser invadido por beatices, o Nick Cave deixou-se ficar na cama, o Variações virou discreto, o Forrest Gump acampou em Drave, o tio Walt comeu connosco no Sins, o Tarantino tornou-se sinal de cumplicidade, o Principezinho percorreu o Porto e a Patti foi banda sonora deste ano.
E agora, para onde vamos? “Não sei por onde vou,/Não sei para onde vou”, mas vou contigo.